Ontem meu corpo acordou calafrios
de sussurradas fantasias
desobstruindo céculas intoxicadas
por resíduos de um tempo longilíneo
Hoje despertei comovida
com as horas que a vida
me impõe destemida
sem dor
nem protestos
que possam pacificar
o meu destemido ser
Agora é a hora
de abrir minhas asas
plainar belo voo
pousar não sei onde
sentir teu perfume
olhar nos teus olhos
e ver-me nos meus.
Jurema
Este blog está destinado àqueles que fazem da poesia o seu instrumento de humanização e amorização. Uma declaração pública de amor e solidariedade.
Quem sou eu
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
JOGRAL BIOGRÁFICO
Jurema
parto normal
24.04
00:30h
domingo
em casa
Belém-Pará
Caminhando: a poesia
Primeiro toque: meu pai
primeira beleza: meu pai
primeira espera: ter meu pai
primeira palavra: mamãe
Signos:
solar: touro, ascendente em aquário
lunar: áries
oriental: rato, ascendente em rato
Primeiro manifesto: a poesia
primeiro grito: liberdade
primeiro gesto: meu corpo
primeira visão: meus olhos
primeiro som: do vento
primeira música: vadia
primeira imagem: da lua
primeira luz: do sol
primeiro caminho: da floresta
primeiro banho: de igarapé
primeira toalha: minhas mãos
primeira troca: febéia
Primeiro sorriso: kalanchoê
primeiro amor: eu
primeira descoberta: ameruj
primeiro acme: xelá
primeiro infinito: desejo
primeiro trago: das nuvens
primeira alucinação: iançã
primeira porrada: doeu
primeiro beijo: meu céu estremeceu
primeiro voo: de súbito
primeiro lampejo: da vida
primeira comida: falar
primeira sede: andar
primeira aventura: calar
primeiro absurdo: todos os surdos
todos os cegos
todos os mudos
primeiro segundo: sempre absurdo
primeiro verbo: poetar
primeira pessoa: poetar
primeira gramática: poetar
primeiro de tudo: a poesia
primeira leitura: de mundo
primeiro horizonte: do ser-ameruj
primeira ousadia: ser ela
primeiro dia: 24 de abril.
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