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Belém, Parauapebas, Pará, Brazil
Uma vida poética.

domingo, 24 de abril de 2011

ANJO


Passeias pelos labirintos do meu corpo
como que anjo-andarilho fosses
Desalinhas meu mapeamento todo
como que explorador tu fosses

Delirante tempestade avança
Suavemente cresce a dança

Peles, suores, odores
Faíscas proliferam soltas
desarticulando incontida anatomia

Uivantes sussurros rasgando o silêncio da noite
acordando batimentos múltiplos
proliferando disritmadas canções
confundindo a respiração

Coração, narinas, bocas, mãos
Desconexos calafrios
vibrando desejos
molhados beijos
mergulhados corpos
viciosamente encharcados
matando desértica sede
até que a próxima chuvarada brote.

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