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Belém, Parauapebas, Pará, Brazil
Uma vida poética.

domingo, 24 de abril de 2011

CATARSE


Abasteço-me do imponderável
exercício do viver caótico e molestante
que ignorado cotidiano produz

Confesso-me pronunciando
palavras como enigmas sem eco
robóticos passeando por sobre minhas falas

Pertenço-me sem pertencer
transitando como que por sobre ruínas
do que falta construir

Pacifico-me na impaciência destemida
da lixeira produzida por falácias comunicadas
e praticadas nas alcovas ritualizadas do poder

Ritualizo-me dia-pós-dia
competindo com incestuosos filósofos de botequim
que percorrem visivelmente contentes as misérias da vida

Crio em meu laboratório uma poderosa bomba
para reagir ao caos de avarentos senhores
feito aqueles esquizóides construídos num minúsculo
ambiente nipônico.

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