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Uma vida poética.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AMERUJEANDO NO ARRET: CANTO XI

Vou partir lá pro arret
embrenhar-me na beleza
daquela fala que explode
quando flui
é magneto
mobilizando perfeito
os desconcertos do peito
quando atrai
e consente o medo
mas distrai
e o impulso é feito
amerujeando, eu reconheço
as partículas de meu corpo
num conduto
grande sopro
pr'eu sentir
devo partir

(meu agora, meu aqui)

E assim compreenderei
porque um dia ameruj
quis vir habitar nesta Terra
dizendo-me que o arret
é raiz fundamental
de toda descoberta
preparação da seta
construção de toda era
embrionária da Terra

Vou partir lá pro arret
sem falar que sou da Terra
nada disso encerra
quando eles já sabem
qual é minha constelação

Vou-me embora
e não volto mais

Digo-te ameruj
daquela terra
não sou mais

Quero viver teu arret
desfrutar desta sentença
que é tecer
minhas próprias redes
onde eu mate
toda sede
dum confronto-liberdade

Recai sobre mim
a coragem
de retomar o embate
com os olhos de resgate
com olhos que possam ver
quando eu volto a mirar

Lindo fruto-ameruj
estou chegando no arret.

J Suely

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