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Uma vida poética.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

UMA NAVE CHAMADA FORTALEZA: CANTO X

... e o silêncio
doía-me os ouvidos
quand'eu rastreava
buscando ma fresta
em paredes cerradas
até quase mortas
abria-se a porta
o ser-ameruj
que vem tão exposta
falando da voz
multípara voz
do espaço vital
composto do sol
e ser deste sol
que curva-se sempre
ao espaço mais quente
composto da lua
o ser desta lua

e em caminho buscando
é quando ameruj
dispõe-me um segredo
de linda morada
habitada por deuses
chamada de nave
a nave do templo
o templo arret

e vi ameruj
encontrar seu wãw
que num instante foi presa
do que aprisiona
um tal simples homem
que consente guiar-se
por bio-conceitos
wm torno dos quais
anula a beleza
do ser-puro-homem

é quando ameruj
no pojar da voz
constrói sua gênese
em versos tonantes
que dizem somente
que o ser de nós homens
é todo uma troca
de corpos eretos
em passos não retos

e em nave tão bela
nasce a tela do grito
perfeito infinito
eu pude mirar
e embeber-me do gosto
que o mar em meu corpo
o batismo surgiu
na trocada beleza
a liberdade é a sina
que então, lá culmina
lá na fortaleza

foi assim que eu vi
que o fundamental
não é o fato em si
mas a ousadia da troca
que a gente transporta.

J Suely

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