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Uma vida poética.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

UM VER AMERUJ: CANTO VIII

Ameruj é o portal
de um eu que transmuta
numa busca aguda
(talvez liberdade)
Ela capta o suspiro
do humano silêncio
onde a fala não esgota
a impureza do idêntico
aquele resquício
que já petrifica
um caminho
uma ida
... e eu corro pra vida
como alguém que suplica
uma tal de verdade
difícil passagem
para a liberdade
quando há seres
que esgotam
o sentido da fala
formando no ontem
um imutável conceito
...
eu não sou o aceito
e ameruj é sujeito
da semente respeito

Ela fala-me sempre
para que eu atente
aos deslizes do exato
pois este é o contrato
que ruma nas trilhas
duma palavra morta
que perde o sentido
porque simplifica
a visão no avistar

Ela disse-me um dia
que o ver amplifica
toda forma de vida
e que os olhos contém
o agudo das luzes
onde tudo faz ver
basta conceder
Mas há "flóridas" gentes
que deprimem o estar vendo
quando querem somente
dizer que há gente
que só vive na terra
e não veem que o arret
é uma busca constante
da ousadia mutante
que não limita o ser
afirmando o outro
quando rotula um eu
postulando um teu
Ameruj libera
os recursos da fala
da visão que declara
um olhar que sustente
toda força energia
que é troca
é vida
(eu vou)
sou ida.

J Suely

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