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Uma vida poética.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DE: CANTO XII

De, concreto de-deus
sinai fruto-arret
quando a terra lhe cede
um abrigo aceito
feito herança, avesso
às vezes puro e perfeito
menino-criança
dos cabelos ao vento
quando a lua reflete
o seu quarto crescente

veio deus de uma tribo
misturada de traços
na pele o mormaço
permanente do sol
que confere-lhe a cor
natureza em festa

Mas
ameruj veio sêmen do arret
pra aclarar a clareza
destemida dos deuses
a saciar a incerteza
de deus frágil, mundano
que dedica sua luz
as correntes do engano
exalrindo esta deusa
com sua repetida voz
carregada de espanto
quebrando o encanto
das estrela que surgem
no fechar dos olhos
que abertos figuram
a semente-sonata
confundir-se num beijo

Foi quando, de se ausentou
ausentou de ser deus
desabou os tijolos
e o muro ficou
pra fala do alpinista
que precisa romper
os feixes de luz
rumo à claridade

Porque ameruj
fundeia tão fundo
tão fundo fundeia
que não basta ser deus
e com ela cantar
Deve ser concretamente deus
tanto quanto a poesia
para poder alcançar
o infinito do ar
e não alcançar a finita liturgia
do finito enlutado
da tragédia insana
de vedar as passagens
necessárias ao ar
das correntes de ar
sana liberdade
sem sair por aí
kamikasi delírio
harakiri desconcerto.

J Suely

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