'stá a libélula
partindo em cortejo
num voo rasante
sob o equador
quando
então sente
seu corpo
dizente
falar da linguagem
qu'é luz perfeição
quando lemniscata
constrói movimentos
que se pronunciam
como o alfabeto coloquial
e o corpo suado
sentia o apelo
para a liberdade
que foi latitude
quando dilatado
saudava a lua
que cheia estava
vestida de nuvens
tecido cinzento
e o corpo cósmico
é todo nudez
que, pura se instala
como o colostro
de mulher parida
é toda emoção
a cosmovisão
nos olhos que brilham
e fazem da noite
uma luz corporal
que vem e declara
os mais belos sorrisos
que articulados
possuem o signo
que vem e retrata
os seres da massa
que é toda volúpia
potência que habita
e eletrifica
a tempestade química
também magnética
no templo qu'é o corpo
e é justamente
o nu que invade
e diz a verdade
que não tem conceito
porque o momento
destrói todo mito
do caos preconceito
mas eternamete
o corpo é tom
que rompe o pudor
quando é art nouveau.
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