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Belém, Parauapebas, Pará, Brazil
Uma vida poética.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

'stá a libélula
partindo em cortejo
num voo rasante
sob o equador

quando
então sente
seu corpo
dizente
falar da linguagem
qu'é luz perfeição

quando lemniscata
constrói movimentos
que se pronunciam
como o alfabeto coloquial

e o corpo suado
sentia o apelo
para a liberdade
que foi latitude
quando dilatado
saudava a lua
que cheia estava
vestida de nuvens
tecido cinzento

e o corpo cósmico
é todo nudez
que, pura se instala
como o colostro
de mulher parida

é toda emoção
a cosmovisão
nos olhos que brilham
e fazem da noite
uma luz corporal
que vem e declara
os mais belos sorrisos
que articulados
possuem o signo
que vem e retrata
os seres da massa
que é toda volúpia
potência que habita
e eletrifica
a tempestade química
também magnética
no templo qu'é o corpo

e é justamente
o nu que invade
e diz a verdade
que não tem conceito
porque o momento
destrói todo mito
do caos preconceito

mas eternamete
o corpo é tom
que rompe o pudor
quando é art nouveau.

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