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Uma vida poética.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

VEM DO ARRET: CANTO III

Se defines ameruj
ocultas toda a Terra
e impões diametrais limites
que sua lucidez desconhece
e certamente crias vagas sombras
ininteligíveis ante o original
que brota lá do arret
alimentando-se cá da Terra
numa troca encantadora
com todo complexo ser
também contido na era de ameruj e xelá

... mas ameruj quando permitia
significantes vindas
de um xelá em sua vida
crescia a malva
e a veia ardia
quando nem tudo continha

(e xelá?)
foi ousadia
no termo hidratar do néctar
que materializou a deusa
de seu pseudo exílio
quando profetizou a retórica
do "tudo por amor"

sim, o corpo evoca
por conter a emoção
e provoca a explosão
de uns ditos e não ditos
que contém todos os ritos
de instantes só descritos
porque desafia os mitos
que segregam a vontade
demasiadamente doce dos deuses
ante a volúpia de amar

(se defines ameruj...)

então cuida por não definí-la
se os deuses te ouvirem...
temo por tua sorte.

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