Sedenta
vem so arret
aquela deusa frenética
que faz agudo o brilho
das raízes do olhar
quando nutre-se da seiva
que destila-se da flor
no desabrochar do corpo
Ela-vem-mais-que-divina
neutralizando o efeito
de frágeis ervas daninhas
de certas plantas carnívoras
que negam a clarividência
que somos transcendência
pois as notícias correm
como os raios de um dia de luz
Nefasta, ela seduz
Faz amor com o sol do dia
e a lua lhe deflora a noite
E o mortal?
Ela desativa
pseudas segundas intenções
que possam falsear a emoção
de segredos muito loucos
que contém olhos soltos
quando traçando linhas
esculpe monumentos
usando como instrumento
os raios gelatinosos
da profundeza ocular
Foi do arret
que brotou
toda purificação
da magia acumulante
desta deusa mutante
Hoje ela
é pura fonte
da corporificação
que abre as cortinas de ferro
ao crepúsculo térreo
para converter o efeito estufa
em espaço alternativo
onde irradia o calor
quando o fruto é o amor
Foi do fluxo magnético
que ameruj voltou.
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